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quinta-feira, 20 de março de 2014

TERA-PIAR



Estar ali parado, silente ou não, mas com toda a atenção
Deixando que a dor transferida pela fala ou lágrima
Os sentimentos narrados de um sentir ódio ou lástima
Façam todo sentido naquilo que o outro sente

Organizar de forma coerente cada dor dita
Saber fazer do sofrimento uma semente bendita
Fecundada pela compreensão e amor pelo outro, em nós
Des-cubra as entradas e saídas, não por fuga e sim soluções

Saber buscar no abismo o sorriso, permitir o brilho no olhar
Que faça nascer ou re-nascer a esperança e desejo de ser-se
Tendo na ciência de estar, o ficar o tempo correto de ir
Saber conjugar no tempo certo o verbo partir

Percebendo a exata hora, que fortalecido, o pássaro
Mesmo que ainda inseguro, já está no tempo de voar
De partir e poder voltar, não mais ao ninho, mas ao galho
Não mais dependente e com o sedento bico aberto
Mas já com penas longas e o bico pronto pra cantar

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