Causa de sofrer
Não se trata de masoquismo ou
autopunição; não se trata de altruísmo ou devoção penitenciais. Falamos de
propósitos, de razões motivadas por ideais coletivos e sublimes, falamos de
amor genuíno e profundo.
A graça de sofrer, não é
portanto um ato do desejo pessoal, uma escolha ou busca; pelo contrário, ela o
é circunstancial, pede análise profunda dos ideais que envolvem a questão, bem
como, uma certeza dos resultados advindos do fruto de tal sofrimento.
Muito embora o discurso
pareça-nos estranho e distante, ele é pertinente e próximo do viver de cada ser
que ama; basta que eu feche os olhos e projete meu filho, meu irmão, o
amigo que me é tão caro; e então, logo me descubro sofrendo dores que emanam do
desejo de poupar e ajudar o outro, e por mais que pareça incrível, isso tem uma
graça inefável.
O prazer de poupar a dor dos
que amamos é inenarrável, não tem razões fora do amor, não tem lógica
econômica, não tem razões cronogrâmicas, me desculpem o neologismo, mas estou a
falar do que não é comum ou explicável; estou falando de amor.
“O amor tudo sofre, tudo crê,
tudo espera”. É tão simples, tão óbvio, tão necessário a um viver com
propósito, que nesse momento acabo por me sentir repetitivo e ainda assim útil,
porque falo de amor.
Vamos caminhando o dia-a-dia,
dia a dia vamos vivendo e tentando viver esse amor genuíno, que nos faz tão
bem, e exatamente por isso, sugiro que você aproveite bastante as oportunidades
de amar. Ame, ame e ame, deixe-se conduzir pelo amor e se lhe parecer em vão;
não sofra não, valeu a pena, foi por amor.
Não sofra por sofrer pelas
causas do amor, pelos propósitos do amor, por razões ilibadas e sublimes.
Que Deus nos abençoe com
esse sofrer de amor.
E disse : Meu Senhor, se agora
tenho achado graça aos teus olhos,
rogo-te que não passes de teu servo.
rogo-te que não passes de teu servo.
Gênesis 18:3
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